Nostalgia Gamer #2– O Bandicoot mais famoso do mundo

 

Hoje falamos de um herói do passado

Bem, hoje foi mais um dia como outro qualquer, quando fui passeando pela minha timeline do facebook procurando evitar os spoilers de um dos jogos que mais estou ansioso para jogar, Uncharted 4 da minha desenvolvedora de games favorita, a Naughty Dog, quando me deparo com um easter egg do jogo, um easter egg em Uncharted 4 que me fez lembrar exatamente porque a Naughty Dog é minha desenvolvedora favorita (é possível jogar uma fase inteira de outro game do estúdio em Uncharted ) .

   A ND é a empresa favorita de muito gamer atual, mas é pela obra prima conhecida como The Last Of Us ou pelo épico jogo de ação, Uncharted, mas minha paixão pela empresa vem de muito antes, muito mesmo, vem lá do Playstation original de um jogo de 1996, Crash Bandicoot e para entender o que Crash era precisamos olhar para o mercado daquela época, muito antes do primeiro Xbox o mercado era disputado de maneira acirrada por 3 empresas, Nintendo, Sony e Sega, a Nintendo tinha o Mario (Que Mario?), a Sega tinha o Sonic e a Sony na época não tinha nenhum representante para o Playstation, e então um Bandicoot seria coroado por opinião publica como o novo mascote do console e esse foi Crash.

   O primeiro game de Crash viria a vida em 1996 trazendo um jogo de plataforma 3d para o Playstation um apenas alguns meses depois do sucesso de Super Mario 64 para o Nintendo 64, talvez por esse timing, talvez pela qualidade absurda do game Crash se firmava como o maior concorrente do encanador bigodudo, o jogo se passava nas fictícias ilhas Wumpa e trazia o vilão Dr Neo Cortex com o plano meio retardado de dominar o mundo usando animais geneticamente modificados, seu primeiro teste é com um Bandicoot, o teste daria completamente errado e o animal não se tornaria mal… ou inteligente… esse era Crash.  O protagonista eventualmente fugiria do castelo de Cortex, deixando sua namorada para trás, o jogo então seria o Crash em uma jornada para resgatar ela. Lembra quando eu disse que o Crash não é inteligente? Eu não estava zoando, ele não fala, vive tropeçando nos próprios pés, fazendo besteira e passa 90 % do tempo com a língua pra fora, basicamente se você já teve um labrador… é igual.

    Graficamente e em jogabilidade o game estava a frente de tudo que existia na época era um game lindo, com uma imensa variedade de inimigos, lutas contra boss extremamente divertidas e um humor acido  e zoeiro que se tornaria tão icônico da franquia, além do final do protagonista o game trazia um final para cada chefão (o chefe mais louco passava por uma terapia e começava a escrever livros cult por exemplo, outro vendia a ilha para um resort e abria uma loja de camisetas, coisa assim).

    A sequencia do game viria então em 1997 e traria uma das marcas registradas de Crash, as Warp Rooms, basicamente o game deixava de se focar nas ilhas Wumpa e se passava no mundo todo, para tal a trama (que era uma continuação do plano do Cortex) jogava Crash dentro de uma estação espacial com portais para diversos pontos do mundo onde ele deveria coletar cristais que eram necessários ao plano de Cortex, eram 5 Warp Rooms (mais uma secreta) cada uma com 6 fases em locais diferentes e um chefe (a fase secreta não possuía chefe).

  O terceiro game da série viria a ser Crash Bandicoot Warped, e aqui eu lembro de um detalhe que não contei, durante os games anteriores Crash tinha um “amigo” chamado Aku Aku , uma mascara magica que agia como inteligência e consciência de Crash o guiando pelo jogo (quando eu era criança eu achava que o nome do Aku Aku era Bukoiã, por causa do barulho que ele fazia quando saia das caixas), nesse jogo Cortex acaba obtendo Uka Uka, uma mascara semelhante a Aku Aku porem maligna, após o fim do game anterior os cristais estariam perdidos completamente pelo tempo e espaço e agora as Warp Rooms não levariam Crash para pontos do mundo mas sim pontos da historia como por exemplo a muralha da china, a era dos dinossauros, a era medieval ou os anos 60, o jogo era lindo para os padrões da época  (ainda o acho lindo pra hoje em dia, mas pode ser pela nostalgia) foi provavelmente o melhor jogo que joguei no ps1, e um dos responsáveis por eu ser um gamer, junto ao Ninja Gaiden lá no  Nintendo do meu pai, mas não é nenhum desses 3 que mais me desperta mais nostalgia.

   O primeiro spin-off da série veio a ser o jogo de corrida de Kart  Crash Team Racing, o jogo foi feito aos moldes de Mario Kart com gráficos 100% 3D e power ups originais da série (a exemplo das mascaras Aku Aku e Uka Uka ou das clássicas caixas de TNT e Nitro), esse foi provavelmente o game que eu mais joguei na minha vida… e isso se deu porque esse foi o game que meu pai mais gostava de jogar, então acho que desde que esse jogo foi lançado, pelo menos uma vez ao dia jogávamos uma corrida, eu tinha uma pista que era “minha” e ele tinha uma que era “dele”,  era nosso programa , e ver Crash Bandicoot aparecendo em Uncharted me fez notar quantos anos ja faz da morte dele e quantos anos faz que eu não pego no disco desse game que eu jogava todo santo dia (o único jogo que eu ainda guardo há 4 gerações de vídeo games ), e foi pensando nisso que eu acabei notando o quanto para os gamers jogos acabam sendo mais do que resolução e framerate sabe… notei o quanto aquela peça de software passa a ter alma dependendo do momento em que ela entrou em sua vida e então lembrei de uma frase “Eu não sou um gamer porque não tenho uma vida, sou porque optei por ter muitas”.

Mas saindo da filosofia um pouco, os games de ps1 da série Crash estão todos disponíveis na psn para os consoles ps3 e psp alem de estarem no vendedor ambulante mais proximo de você (3 por 10 como sempre), nos vemos amanhã com mais um post e mais um assunto.