Porque eles nunca acertam? A historia esta pronta, devia ser fácil!
Fala pessoal, por esses dias rolou uma noticia de que o filme do game “The Last of Us” foi abandonado, ele não esta oficialmente cancelado mas esta no que é conhecido por limbo, existe um projeto, um esqueleto de um roteiro mas ninguém tira isso da gaveta há pelo menos 6 meses, o que praticamente garante que o filme não vai acontecer em futuro próximo (mas a esperança não morre, lembrem-se que Batman v Superman e liga da justiça já estiveram no mesmo limbo), mas isso então levanta a pergunta, que maldição ronda os filmes de games? Porque é praticamente impossível citar um filme que tenha sido pelo menos ok? Resident Evil, Prince of Pérsia, Tomb Raider, Hitman, Blodraine, Slient Hill, Alone in the dark, Doom e até Super Mario já foram adaptados ao cinema e cada um com resultados mais decepcionantes que o anterior, além isso muitos roteiros para outros filmes como Castlevania por exemplo foram especulados e cancelados, o que nos leva a pergunta: Será que o cinema é onde os games vão para morrer?!
A resposta a isso é , não, ou pelo menos não deveria ser, mas adaptar a trama de um game para o cinema não é um trabalho fácil, na verdade é um trabalho hercúleo quando colocamos as coisas na mesa, mas deveria ser possível com algumas alterações no modo de lidar. Vou tentar explicar alguns problemas que eu vejo:
Esqueçam a relação 1 jogo = 1 filme
Porque isso? Pense no ultimo game que você jogou, muito provavelmente ele tinha bem mais do que uma hora e meia ou duas, se você é um gamer de rpg então provavelmente ele tinha mais do que 20 ou 30 horas, o que um filme deveria fazer é saber dividir a historia de um game em dois ou três filmes, mais ou menos como o sistema de “bosses” de um game, um trecho de historia, um chefão, um trecho de historia, um chefão, adaptar um game como Skyrim, Dragon Age ou Mass effect para o cinema em um filme só, para efeito de comparação, seria como adaptar os 7 harry potters em um único filme ( ou 3 senhor dos anéis). Muitos games se beneficiariam dessa mudança, rpgs sendo os principais que consigo imaginar, mas também da pra citar aqui jogos como Resident Evil onde você costuma encontrar o boss final do jogo mais de uma vez durante cada game, esses encontros pontuais poderiam finalizar o arco de cada filme e 1 jogo se tornaria 2 ou 3 filmes dando ao espectador a chance de se relacionar com os personagens principais, e falando em personagens vamos pra próxima:
Não adaptem personagens mudos, sem muitas falas ou de personalidade fraca, eles são assim por um motivo
Pense nos jogos que você jogou agora, aposto que você já jogou algo com o protagonista mudo, Link em legend os Zelda, Chell em Portal, o marine de Doom são só alguns exemplos e ainda vou dizer que seu Dovakin de Skyrim, seu Lone Wanderer de Fallout 3 e seu capitão Shepard de Mass Effect não tinham um terço da personalidade que você acredita que tinham. Porque isso? Porque esses personagens são feitos para se basear em você, isso faz parte da proposta narrativa desses games, você se enxerga no papel destes personagens e passa a se importar com eles, 90% do que você sabe sobre a personalidade deles e as escolhas de vida deles, são o que você escolheria, vou um pouco mais longe e vou citar um game que até brinca com isso. GTA V, pense nos 3 protagonistas, Michael, Trevor e Franklin, os 3 são os 3 modos que jogamos GTA, Michael é aquele seu amigo que já completou todas as missões do jogo e que exibe a platina com orgulho, Franklin é aquele seu amigo focado nos carros e nas corridas, tem os veículos mais rápidos do game e fica revoltado quando você bate e Trevor, ele é você focado apenas no Caos e na destruição, cada jogador vai se afeiçoar ao personagem que o representa.
E o que rola no cinema quando se adapta esses personagens? Eles deixam de ser seus, deixam de ser um reflexo de quem você é e passam a ser a visão do roteirista, e você passa o filme inteiro com a sensação de “ele não faria isso”, e ai os roteiristas de plantão pensam. “Ah, mas a solução então é fácil, fácil!”. E por isso nossa terceira e ultima dica é:
Não tornem o protagonista anterior um quadjuvante e criem uma merda de protagonista jedi uma protagonista nova.
Assim como você se identifica com o protagonista de certos jogos, você se importa com ele e com a historia dele, por isso quando se adapta um filme você espera ver o arco dele ali,
e não o da Alice (NÃO O DA ALICE ENTENDEU SONY, EU PAGUEI PRA VER RESIDENT EVIL NÃO ALICE E SEU AMIGOS), no próximo post, que deve ir ao ar na quarta ou sexta da semana que vem, eu vou falar sobre algumas adaptações que tem chance de mudar o cenário para filmes de games e uma delas ignora essa “regra”, mas explicarei o porque.
Então acho que por hoje é só pessoal, espero que tenham um ótimo feriado do #Tchauquerida , Dia de Tiradentes, nos vemos amanhã ou segunda com mais uma edição do seu, do meu, do nosso, Clarim Intergalático! Vida longa e prospera e não esqueçam das toalhas!
Obs: Outra sugestão obvia, SEJAM FIÉIS A DROGA DO MATERIAL ORIGINAL
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