Comentamos a primeira temporada da garota de aço.
Fala pessoal, segunda feira de novo, hoje faz uma semana que foi ao ar nas distantes terras dos States o episódio final da primeira temporada de Supergirl, a série… da Supergirl…. e acho já é hora de comentar a inclusão desse terceiro membro na trindade das telinhas (junto ao Batman Arqueiro Verde e ao Flash). Eu quero começar essa analise tirando o elefante de collant azul e capa do meio da sala, o Superman não vai fazer uma participação direta na série, e chegamos a conclusão de que o maior vilão do homem de aço é a própria Warner Brothers detentora dos direitos de todos os personagens da DC comics, tendo isso dito, vamos dar continuidade.
Diferentemente de Arrow e Flash que se preocuparam em criar uma origem de heróis/super-seres em um mundo onde estes não existiam, em Supergirl vemos Kara vindo a um mundo onde já existe um Superman e diversos super vilões, onde a terra já conhece a existência de super poderes e de alienígenas. A origem da garota de aço é bem básica e é contada em cada abertura seguindo a formula já patenteada pelas séries de heróis da CW, embora Kara esteja em outra emissora e em outro universo, fato este explorado no crossover com Flash. Outro detalhe que vem da formula patenteada da CW é o fato do herói protagonista ter uma equipe de apoio, no caso de Supergirl isso é bem melhor usado e justificado que nas outras duas séries, sendo aqui utilizada uma entidade governamental do universo DC, o DEO (Department of Extranormal Operations). A presença de uma Organização de porte funciona bem com o universo de Supergirl ainda mais quando se é considerado que a terra vem sendo alvo de visitantes e invasões desde anos antes de Kara assumir o manto, é o tipo de preocupação de “como o universo humano reage aos super-poderes” que com certeza faz meu lado mais nerd de quadrinhos ficar satisfeito.
A encarnação da Supergirl na série é profundamente ligada as versões mais antigas da família super (por mais antigas eu diria que pelo menos pré-flashpoint) sendo assim profundamente ligada ao conceito de que os super são representantes da luz e da esperança, diria que essa série é uma das , se não a, melhor representação de um membro dos supers fora dos quadrinhos, pra provar meu ponto eu recomendo os episódios “human for a day” (episódio 7) e “Better Angels” (Season Finale), em ambos os episódios a Kara interpretada por Melissa Benoist acaba entregando exatamente o que o Superman de Henry Cavill nunca conseguiu, humanidade e liderança, e puxando ainda o super homem de Henry Cavill, a série consegue, com uma verba bem menor, trabalhar muito melhor os diversos poderes da Supergirl, com destaque para a cena principal do piloto, o resgate do avião, e todas as cenas envolvendo o sopro de gelo e a visão de calor, além das lutas contra personagens como a Bizarro e o Tornado vermelho.
O elenco de personagens de apoio no entanto tem altos e baixos, esses altos são definitivamente Cat Grant, Alex Danvers e Winn, todos dão uma visão bem particular a seus personagens, tendo episódios em que eles são simplesmente mais interessantes que a própria protagonista, acho que aqui é onde a maioria dos heróis brilham na TV, quando mais do que o foco da historia eles se tornam o veiculo para que a historia de outros seja contada, Hank Henshaw é um personagem coringa, você vai o amar ou odiar dependendo de como o ver durante a série, não vou entrar muito nesse assunto porque é um baita spoiler, Jimmy Olsen é um desperdício em forma de personagem e é o que eu considero o segundo maior erro da série.
O primeiro maior erro como você deve estar se perguntando é, a série carece de um vilão forte mas não forte em questão de força física, a série carece de um ator que consiga se contrapor a excelente atuação de Melissa Benoist (cito novamente “human for a day” em contraposição ao episódio 16 “Falling” para você entender como a garota consegue se alterar completamente entre episódios), falta a essa Supergirl o contraponto que o Flash Reverso fez ao Flash, mas essa foi uma temporada de introdução de personagens e universos, não há como comparar a Flash que veio em um mundo todo já criado por Arrow.
Ainda existe um terceiro problema mas esse vai muito do telespectador, não me agrada nenhum pouco o modo como a série trata outros super personagens existem 3 notáveis no universo, um é uma das surpresas da série então não vou citar, outro é o próprio Super-Homem e o terceiro é o Flash, vou tentar explicar uma coisa aqui, a CBS dona da série Supergirl, tem os direitos apenas a criar esse universo e a não o expandir do jeito que a CW faz, então ela hipervaloriza a personagem em detrimento a outros, flash e o sr.revelação da temporada viram meros sidekicks (parceiros, tipo Robin pro Batman) e o Superman que deveria ser o primeiro dos heróis se torna um personagem completamente ausente (ou quando aparece é derrubado e passa um episódio inteiro inconsciente em uma maca), eu entendo plenamente que trazer o homem de aço pode reduzir a presença da garota de aço, mas porem, no entanto, entre tudo, toda via, existem milhares de arcos que necessitam da ida do Superman para outros planetas, outros mundos, existem vezes que o Superman voa pro sol pra meditar apenas, optar por mandar ele pra fora do planeta teria sido uma decisão bem mais “respeitosa” e coerente com a importância do personagem que foi o primeiro a utilizar o S.
Mas esses 3 problemas se tornam pequenos em comparação ao trabalho incrível que a série faz na questão de adaptação, existem episódios que adaptam historias diretamente dos quadrinhos (como o excelente episódio 13 “for the girl who has everything”) e eu diria que a série é provavelmente a que mais se aproxima da sensação de ler uma historia em quadrinhos sabendo trabalhar muito bem historias e arcos menores fechados, a grande maioria dos episódios vai te oferecer um começo, meio e fim bons e isso vai tornar a série algo agradável e leve se você tiver interesse de dar uma chance a ela.
Seguindo esse padrão, assim que Flash e Arrow tiverem seus seasons finales eu devo comentar também e claro, Legends of Tomorrow, mas pra essa ultima eu devo tentar fazer algo um pouco mais especial.
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